quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Simão José Santiago, natural de Trancoso, foi uma das vítimas mortais do surto de legionella

O advogado Simão José Santiago é uma das duas vítimas mortais do surto de legionella que terá tido origem no hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. José Simão era casado e natural de Trancoso, no entanto, residia em Lisboa, onde tinha um escritório de advogados. Acabou por morrer no Hospital dos Lusíadas, depois de ter contraído a doença no Hospital São Francisco Xavier. Já o número de casos diagnosticados de pessoas infetadas com legionella subiu para 34, de acordo com um documento divulgado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) esta terça-feira. De acordo com o comunicado, todas as vítimas contagiadas pelo surto sofriam de doenças crónicas. 22 das vítimas pertencem ao sexo feminino, enquanto que as restantes 23 são do sexo masculino. Cinco das pessoas infetadas pela doença permanecem internadas nos cuidados intensivos.  A maior parte (68%) dos infetados neste surto têm idades iguais ou superiores a 70 anos: um infetado tinha entre 40 a 49 anos, dez entre 50 a 69 anos e 21 entre 70 a 89 anos. Dois doentes tinham 90 ou mais anos. A DGS anunciou ainda que "está em curso a investigação epidemiológica nas vertentes da vigilância da saúde humana e ambiental, a fim de apurar as circunstâncias que originaram o surto", tendo sido realizadas vistorias técnicas aos equipamentos e às estruturas "potencialmente associados a fontes de transmissão", trabalhos que vão "manter-se durante os próximos dias". O comunicado refere ainda que está a ser preparado um relatório conjunto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, DGS e INSA "para esclarecimento da cadeia de acontecimentos que conduziram ao surto". No entanto, os procedimentos vão demorar "pelo menos, duas semanas", tendo em conta a necessidade de realizar "o exame cultural das amostras (ambientais e humanas) e a subsequente avaliação genómica" para apurar a ligação "entre a componente ambiental e a saúde humana". "A Direção-Geral da Saúde sublinha que a doença se transmite através da inalação de aerossóis contaminados com a bactéria e não através da ingestão de água. A infeção, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo. As medidas de segurança adotadas preveem-se suficientes para interrupção da transmissão e controlo do surto, e vão continuar a ser monitorizadas", conclui o comunicado.

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