Velocidade excessiva, veículo sobrelotado, condução perigosa, carga mal acondicionada. Foram estes os fatores que estiveram na origem do acidente que, a 24 de março de 2016, matou 12 emigrantes, perto de Moulins, França. Um serviço de transportes ilegal da responsabilidade de tio e sobrinho. "Aquela carrinha era um caixão com rodas", disse a procuradora, antes de o condutor, Ricardo Pinheiro, de 22 anos, ser condenado a três anos de prisão e Arménio Pinto, de 44, organizador da viagem, ser punido com quatro anos. Os juízes demoraram pouco mais de uma hora a deliberar. Nesse período, Ricardo Pinheiro chorou. Já o tio dirigiu-se a familiares das vítimas e pediu desculpas. Ricardo e Arménio, naturais da zona de Trancoso e emigrados na Suíça, respondiam por 12 crimes de homicídio por negligência, pelo acidente que teve como palco a RCEA, conhecida por ‘estrada da morte’. "Não me lembro da velocidade nem da ultrapassagem", disse esta quarta-feira Ricardo Pinheiro em tribunal. Avançou que fez a viagem entre a Suíça e Portugal umas 20 vezes porque precisava de dinheiro e era uma maneira de ajudar o tio. Arménio Pinto, por sua vez, disse em tribunal que se sente culpado por ter adicionado lugares na carrinha. Em vez dos seis lugares de origem, estava adaptada para o dobro. Arménio diz que iniciou o negócio de transporte em 2015 e que o número de clientes não parava de aumentar. Pensava em legalizar o serviço.
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