quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Feira de São Bartolomeu ultrapassa fasquia dos 100 mil visitantes

Chegou ao fim mais uma edição da secular Feira de São Bartolomeu, em Trancoso. Depois de 10 dias de festa, a organização garante que «esta foi uma das maiores e melhores feiras da última década», declara Amílcar Salvador, presidente da Câmara Municipal. O certame contou com cerca de 150 expositores de atividades económicas, serviços, artesanato, gastronomia e diversão, distribuídos pelo pavilhão multiusos e pelo campo da feira. Entre os principais chamarizes da Feira estavam os espetáculos musicais, que trouxeram a Trancoso nomes como Ana Moura, Mickael Carreira, Xutos & Pontápes e Anselmo Ralph, entre outros, todos eles com “casa cheia”. «Em termos de entradas na bilheteira, aproximou-se dos 40 mil bilhetes pagos», referiu o autarca, segundo o qual o espetáculo de Anselmo Ralph foi o que trouxe mais pessoas ao recinto do certame, tendo entrado mais de «10 mil pessoas». Contudo, Amílcar Salvador sublinha que a entrada só foi cobrada nalguns dias do evento e apenas ao fim da tarde.  Este ano a novidade da feira foi um concurso hípico de obstáculos com cerca de 60 cavaleiros inscritos, que decorreu no espaço do mercado do gado. Trancoso recebeu também, no recinto da feira, o programa televisivo da TVI “Somos Portugal” e no último dia terminou com o habitual Festival de Folclore. «Houve trocas comerciais de grande importância, assim como convívio e confraternização», sublinhou o edil trancosense, para quem o balanço desta edição da Feira de São Bartolomeu é «extremamente positivo». Quanto à economia local, o autarca afiança que entraram «milhares de euros» e que também a restauração, hotelaria e cafés do concelho ganharam com a dinâmica que se viveu em Trancoso nos últimos dias. Por agora pensa-se já na edição do próximo ano e a promessa que o presidente deixa é a de que «não baixaremos a fasquia, muito pelo contrário, procuraremos que a feira continue a ser o maior evento comercial do distrito», afiança.  A Feira de São Bartolomeu foi criada em 1273, é uma das feiras francas mais antigas do país e tem lugar de destaque na região. Com séculos de história, é considerada uma montra privilegiada das atividades económicas e dos serviços da região.

http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=929&id=56044&idSeccao=13504&Action=noticia


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7 comentários:

  1. Façamos um ponto da situação, porque há no artigos algumas afirmações que merecem e devem ser rebatidas.
    Primeiro (reproduzo) - "esta foi uma das maiores e melhores feiras da última década". A questão está em saber qual o barómetro em que se basearam para esta afirmação. Número de entradas pagas? Número de visitantes? Mas já lá vamos...
    Segundo - "Em termos de entradas na bilheteira, aproximou-se dos 40 mil bilhetes pagos», referiu o autarca, segundo o qual o espetáculo de Anselmo Ralph foi o que trouxe mais pessoas ao recinto do certame, tendo entrado mais de «10 mil pessoas". Tendo por base estes números, quero dizer - pois possuo estatísticas por,menorizadas que poderei publicar e divulgar - que, em 2003 (nesta década) entraram a pagar 52.891; Em 2004, 45.394; Em 2005, 59.855; em 2006, 42.607, só para citar estes anos. Relativamente às entradas do tal Ralph - que até cobrou a crianças de 6 anos! - 10.000 foi pouco, porquanto Tony Carreira (em 2005) teve 15.357 entradas vendidas e 2m 2003 11.319. Os "Xutos", em 2004, outros 11.363.
    A cobertura da TVI não foi das melhores, se atentarmos que este canal já cobriu anteriormente a Feira - salvo erro, em 2015- com a SIC e a RTP a fazer semelhante cobertura.

    Tudo correu relativamente bem, concordo. No entanto, não se deve esquecer que o passado recente também conta para estatísticas.

    Santos Costa

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    1. Como este blog é, fundamentalmente, um sítio noticioso e não de opinião, presumo que a mesma se encontra aberta na caixa dos comentários (que julgo ter iniciado). No entanto, também presumo que a notícia merece, quando é caso disso, o contraditório. Daí ter ousado encetar o espaço com um comentário anterior, a que se segue este.
      Como é fácil de reparar saíram algumas gralhas de pormenor do meu comentário ante, designadamente nos vocábulos, que são facilmente compreendidos.
      Vejamos ainda, relativamente à local do INTERIOR, respondendo com a leitura em arquivo do mesmo semanário.
      Colheu o jornalista do Sr. Presidente da Câmara que “o certame contou com cerca de 150 expositores de atividades económicas, serviços, artesanato, gastronomia e diversão”, ainda sob a afirmativa que “esta foi uma das maiores e melhores feiras da última década”.

      Então leia-se O INTERIOR, de 23 de Agosto de 2007:
      “A Feira de São Bartolomeu, que terminou na terça-feira em Trancoso, atraiu cerca de 140 mil pessoas (…) Apesar dos números corresponderem às expectativas, «as noites frias prejudicaram os concertos e certamente houve muita gente que preferiu ficar em casa», refere o responsável.”
      Como lêem, apesar do frio, a adesão de visitantes foi significativa.
      “É que este ano apenas foram vendidos cerca de 40 mil bilhetes, menos sete mil que no ano anterior”.
      E apesar do frio, o número de bilhetes vendidos foi de 40.000, tal como neste ano de 2017. No ano anterior tinham sido 47.000.
      Actuaram Tony Carreira, André Sardet, Paulo Gonzo, Fingertips, entre outros.

      Leia-se O INTERIOR, de 21 de Agosto de 2008
      “Há ainda diversos espaços de bazar, desportos radicais, restaurantes, tasquinhas típicas e muitas outras diversões. Um total de cerca de 250 agentes económicos – um «ligeiro acréscimo» relativamente a edições anteriores».
      Comparando com a “melhor feira da última década”, teve mais 100 expositores (2017, segundo o informador, teve 150).

      Leia-se O INTERIOR, de 27 de Agosto de 2009
      “Para além de cerca de 180 agentes económicos, a Feira de São Bartolomeu atraiu cerca de 130 mil visitantes, contando, este ano, com os espectáculos musicais de Emanuel, Quim Barreiros, Santos e Pecadores e Just Girls, entre outros”.


      Leia-se O INTERIOR, de 26 de Agosto de 2010
      “A Feira de S. Bartolomeu, que terminou no último domingo, atraiu a Trancoso perto de 150 mil visitantes.
      Aquele número baseia-se no volume de entradas contabilizadas a partir das 18 horas em oito dos 10 dias desta feira secular (em dois não foram cobrados bilhetes), pelo que António Oliveira não tem dúvidas em afirmar que «houve bem mais visitantes» do que o que indicam os registos.
      Comparativamente ao ano passado, «houve uma maior adesão» por parte do público, congratula-se o também vice-presidente da Câmara de Trancoso. Em 2009 passaram pela Feira de S. Bartolomeu mais de 140 mil pessoas.
      contou com 11 espectáculos, do pop à música popular, passando pelos DJ’s, a canção portuguesa e o folclore. Além dos Xutos & Pontapés, Santa Maria e Quim Barreiros, estiveram em destaque José Cid, Deolinda e David Fonseca.
      Este ano participaram 165 agentes económicos distribuídos por 230 stands ou espaços exteriores”.

      Com todo o respeito pelo actual Presidente da Câmara, que ditou os números ao jornalista, em face da comparação com algumas feiras das últimas décadas, leva-me a crer que, neste caso, não viu, como diz o povo, “ lobos pequenos”.

      Santos Costa

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    2. Senhor Santos Costa permita me que o corrija num ponto .. as crianças de 6 anos nao pagaram isso em dia nenhum pois eu entrei com uma criança de quase 7 anos e nunca pagou... pode criticar ou dizer o que quiser porque ha a liberdade de expressao mas faça- o com a verdade eu nem estou em Trancoso pois sou emigrante nem tao pouco votei mas deixe que lhe diga apesar de nao ser do PS nem ter votado no senhor Amilcar afirmo que é verdade o que ele disse ja ha varios anos que via a feira de s, Bartelomeu ir abaixo este ano tive o prazer de ver a feira com movimento e vida ...obrigado presidente Amilcar e continue o bom trabalho

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    3. Permito que a Senhora Anabela Lourenço me corrija, como permitirei que qualquer pessoa o faça; porém, não aprecio que me desmintam.
      Cerca das 6 horas da tarde entrei na feira com três netos, um (uma) com 6 anos de idade e foi necessário comprar bilhete para ele entrar, o mesmo tendo acontecido a outras pessoas (até me chegou ao conhecimento que, por esse facto análogo, houve reclamações apresentadas, por escrito, no Município). Também sei que, a partir de uma certa hora, as crianças com 6 anos deixaram de pagar (ou alguém por elas), o que não deixa de ser uma injustiça para com os que desembolsaram o dinheiro do bilhete.
      Relativamente à segunda parte - digamos assim- do seu comentário, não comento. Ver a feira com mais ou menos valia em relação às anteriores, depende dos "óculos" de cada um. E isso não comentei anteriormente. Apenas expus os números, único elemento que rebati. O resto, é propaganda e eu, sobre propaganda política, é peditório para o qual não quero contribuir.

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    4. E eu que julgava que os anos de 2003, 2004, 2005,2006,... pertenciam à década passada...

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  2. Senhor Esteves
    É precisamente isso o que se quis dizer. Leia, por favor, o que está em O INTERIOR:
    «esta foi uma das maiores e melhores feiras da última década».
    Estamos na década de 2011-2017. Última pressupõe década anterior à que nos encontramos.
    Então, qual foi a última década antes desta?
    Se a fala na notícia estivesse assim - «esta foi uma das maiores e melhores feiras desta década»- outro galo cantaria.
    Como bem sabe, a década conta-se por 10 anos, com início no primeiro e último de cada período na centúria.
    De qualquer modo, se ler excertos de O INTERIOR no meu 2º comentário, reparará nos números posteriores aos que aponta. E, se bem estivesse no meu propósito (e não está), poderia continuar a apresentar números mais recentes.

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    1. Tem toda a razão! Equivoquei-me no reparo que fiz. Gosto da sua análise mas temos que reconhecer que este ano, face a outros desta década, teve maior aderência e foi uma boa aposta!
      Cumprimentos.

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